terça-feira, 10 de abril de 2012

Descobrindo a Clarice, eu vou me revendo ....

O Texto abaixo é uma livre, pura, despretensiosa e delicada adaptação de Clarice Lispector

Antes de julgar a minha vida, minhas ações ou até mesmo o meu caráter...
Calça os meus sapatos e percorre o caminho que eu percorri.
Recebe o sangue que corre em minhas veias, deixa ser ele a aquecer o seu corpo por tantos e tantos anos.
Viva as minhas tristezas, as minhas inseguranças, as minhas dúvidas, as minhas alegrias, as minhas frustrações... .
Tente reagir as coisas que vi, tente reagir aos olhares que troquei até agora.
Troque seus ouvidos pelos meus...
Viva todos os momentos onde chorei de dor, de tristeza, de alegria, de raiva, de ódio, de felicidade.
Apodere-se do meu coração e vivencie todos os momentos em que ele acelerou e quase parou.
Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei, sorria do efeito enternecedor que eu sempre causei aos que passaram por mim. Perca as pessoas que eu perdi ... perca a esperança.
Sonhe tão alto quanto eu fui. Mas sonhe como eu e não como você.

Conquista as minhas conquistas, sofra os meus fracassos, luta pelas minhas crenças.
Banhe-se com a minha história .. enxerga pelos meus olhos, os mesmos horizontes e as mesmas limitações impostas a mim.
Assuma meu sexo... minha fragilidade e minha força.
Assume o risco de ser quem eu fui ... perca-se, encontre-se, ame-se, odeie-se, se reconheça e caminhe, sapato após sapato ...

Assuma meu pai, assuma minha mãe, assuma minha família como sua. Receba o carinho que eu recebi, receba a desaprovação, receba raiva, descontrole, ajuda, afeição... não dispense nada do que eu fui obrigada a receber. Não acrescente nada que não foi disponível a mim.

VOCÊ, faria tudo diferente, mas não pense assim. Pense que você era eu desde que se deu conta que estava boiando dentro de uma barriga. Abriu os olhos no mundo pela primeira vez e teve a visão que eu tive.

Chore as minhas lágrimas. Sinta o meu sentimento, em cada instante. Grite no tom e na altura que eu gritei a primeira vez que o desespero assolou meu coração. E receba em troca, o que eu recebi.

Erra os meus primeiros erros e absorva as consequências que me foram impostas.
Perca o direito, perca os deveres, peça, indague, duvide.
Experimente o sonho, o egoismo, a crueldade, o amor, a amizade, a traição, a generosidade, a humildade na mesma intensidade que eu sempre experimentei, nem mais, nem menos, a mesma intensidade.

Apaixone-se por tudo que prendeu meus olhos. De verdade, sinta o que eu senti pela vida, na forma em que tudo isso me foi apresentado.

Anos e anos ..

Depois disso tudo, levante-se SEMPRE como tantas vezes eu me levantei.

Talvez, aí sim, depois que você passar por tudo que já passei e sentir tudo o que eu já senti, aí sim você pode falar algo a meu respeito!!

Beijo, e tchau!

quarta-feira, 28 de março de 2012

E o beleleu?

Um belo dia uma tela azul apareceu na minha frente. Era isso mesmo ... aquela velha telinha do Windows, alguém se lembra? Nesse dia surgiu a ideia do beleléu. Afinal de contas, o que significa dizer que algo foi para o beleléu? Se foi, volta? Qual o caminho? Que tipo de coisa pode ir ao beleléu? Eu já tive um carro apelidado de beleléu!!

Você já foi para o beleléu?

Beleléu tem acento? São tantas dúvidas!!! :)